Fique atento ao nosso hotsite comemorativo e aguarde o breve lançamento do livro “Grupo de Teatro TANAHORA. Da sala de aula ao palco”, do Professor Cauê Krüger, Doutor em Sociologia e Antropologia.
Este livro se propõe a registrar os espetáculos realizados durante os quarenta anos de vida e de efervescente atividade do Grupo TANAHORA, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Ele é uma homenagem aos seus diretores, Lineu Portela, Laercio Ruffa e Chico Nogueira, e às centenas de jovens que formaram o elenco das dezenas de espetáculos realizados dentro e fora dos muros da universidade. Os inúmeros cartazes, programas de espetáculos, fotos, depoimentos e narrativas que pudemos coletar certamente não farão jus à importância de um dos mais antigos e produtivos grupos de Teatro Universitário do Paraná. Mas é um começo. Que venham ainda muitas outras décadas e muitos outros começos!
A comédia teatral em três atos, escrita pelo autor brasileiro Ariano Suassuna, em 1955, com elementos da cultura popular e da tradição religiosa. Segundo informações do programa do espetáculo, a peça foi escolhida por unanimidade pelo elenco do TANAHORA. O enredo trata das aventuras de João Grilo e Chicó, dupla cômica arquetípica, que ludibriam os mais diversos personagens de seu entorno, notadamente valentões, chefes políticos e religiosos. Parte significativa do interesse pela montagem deriva da exposição da corrupção, das mentiras e engodos envolvendo todos os personagens e situações.
Autor: Ariano Suassuna
O texto infantil de Maria Luiza Lacerda premiado com o quinto lugar no Concurso de Dramaturgia Infantil de Curitiba em 1975. A montagem alinhava a fantasia, a comicidade e o mundo onírico, com uma mensagem de fundo ambiental e de proteção à natureza. Hierarquias, muito trabalho e quiprocós ocorriam entre a Borboleta, as duas Flores, o bicho-folha e as formigas.
Autor: Maria Luiza Lacerda
O texto Arca de Noé nasceu das experiências de infortúnio vividas pelo diretor Lineu Portela com a burocracia nacional. Essa frustração pessoal foi convertida em enredo: a peça apresenta de forma cômica e crítica os problemas e entraves da construção de uma arca tal qual a de Noé. No texto, a embarcação foi encomendada por um “Deus moderno” ao presidente de uma empresa de engenharia nacional. A montagem foi estreada no XIV Festival Nacional de Teatro Amador de Londrina.
Autor: Lineu Portela
O escritor londrinense Pellegrini Júnior põe em cena o “Coitado”, uma evidente metáfora do cidadão brasileiro, que revive da morte para contar sua triste saga em sua busca malograda da cura de uma doença banal. Em sua jornada, ambientada em contexto nordestino, o protagonista passa tanto pelo sistema público de saúde, quanto pelo sistema privado. Desamparado, apela aos recursos curativos da religião, da medicina e do comércio popular milagroso, sem sucesso.
Autor: Domingos Pellegrini Júnior
Por ocasião do jubileu de prata da Universidade, Lineu Portela colabora para arregimentação de poemas dos estudantes universitários. A seleção desses versos deu origem ao livro Dá Um Tempo. O nome da publicação é um apelo para que o leitor se abra à poesia e seus encantos. Dessa obra, diretor e elenco selecionaram 33 poemas que tratam de assuntos românticos, educacionais, religiosos, políticos, econômicos, ambientais e sociais, para transportá-los aos palcos. A peça integrou a programação do Festival de Teatro de São Paulo promovido pelas escolas maristas.
Autor: Roteiro de Lineu Portela
A peça de Naum Alves de Souza, o tema central do espetáculo é a crítica ao formalismo e autoritarismo. Além disso, a trama se passa em ambiente escolar, enfatizando as relações hierárquicas e despóticas entre professores e estudantes, seus conflitos, disputas, rivalidades e injustiças potencializados pelo maquinário disciplinar da instituição de ensino. Ainda que a trama ocorra em uma escola do Ensino Básico, os acontecimentos ali retratados podem, metaforicamente, ser estendidos para outras realidades educacionais nacionais.
Autor: Naum Alves de Souza
Adaptação da obra de Lewis Carrol feita por Miguel Magno, Ricardo de Almeida e Celuta Machado e encenada em 1978 pelo Teatro Orgânico Aldebarã, um grupo teatral alternativo e cooperativo, formado por egressos do curso de Ciências Sociais da USP 15. A peça mergulha no universo lúdico, cômico, terno e com tintas filosóficas e surrealistas, marcas do conhecido trabalho de Carrol. Nessa passagem da infância para a adolescência, o autor vale-se da metáfora da vida como um jogo de xadrez, proposta essa que foi adotada por Ruffa como linha criativa na concepção do cenário e figurino.
Autor: Lewis Carroll
A obra foi escrita por Jean Baptiste Poquelin, conhecido como Moliére, segundo a tradução de Millôr Fernandes. Tendo estreado no Teatro Paiol em evento de comemoração dos dez anos do grupo, a montagem ganhou os palcos da PUCPR, do Sesc da Esquina, Mini-Guaíra e do Teatro da Praça em Araucária (PR), entre 1990 e 1991, com ótima bilheteria. Participou, também de dois importantes festivais de teatro amador: o de Guarapuava (PR) (onde conquistou o prêmio de melhor ator para Maurício Souza Lima, melhor figurino para Tony Silveira e indicação de melhor ator coadjuvante para Sílvio Kaviski) e de Blumenau (SC) (com Maurício Souza Lima novamente indicado a melhor ator).
Autor: Jean Baptiste Poquelin Molière
Escrita por Chico Buarque e Paulo Pontes, a peça toma como base a tragédia clássica Medeia, de Eurípedes, e texto homônimo voltado a um especial para televisão escrito por Oduvaldo Viana Filho. Criado em 1975, o musical dirigido por Gianni Ratto traz como pano de fundo a tragédia grega para evidenciar as contradições da classe média brasileira. O espetáculo foi apresentado em Curitiba no Auditório de Ciências Humanas da PUCPR, e nos teatros Antonio Carlos Kraide e Sesc da Esquina, além de ter viajado para as cidades de Antonina e Londrina.
Autoria: Chico Buarque de Holanda e Paulo Pontes.
O espetáculo, que retrata a saga de uma família de imigrantes italianos no Brasil, foi apresentado no auditório de Ciências Humanas da Universidade Católica e também nos teatros Antônio Carlos Kreide, Avenida e Mini-Guaíra. Foi, até então, o espetáculo do grupo que mais recebeu prêmios. Na sétima edição do importante Festival de Teatro de Blumenau a montagem conquistou três: melhor montagem para Laercio Ruffa, melhor ator para Licurgo Spinola e melhor atriz coadjuvante para Thais Tedesco. No “FENATA” – Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa (PR), Ruffa e Spinola conquistaram prêmio de melhor diretor e ator, respectivamente. Licurgo Spinola ainda foi agraciado com os prêmios de melhor ator no Festival de Cascavel (PR) e de São José dos Campos (SP).
Autoria: Luiz Alberto de Abreu
Considerada um dos primeiros textos do famoso dramaturgo inglês, a peça, inspirada no texto clássico “Os Menecmos”, de Plauto, explora os equívocos, coincidências e quiproquós ocorridos entre acontecimentos envolvendo duplas de irmãos gêmeos. A montagem, que contou com assistência de direção de Cícero Lira, ganhou os palcos do Auditório do Centro de Teologia e Ciências Humanas, do Sesc da Esquina e do Antônio Carlos Kraide. Participou do 11º Festival de Teatro do Vale da Paraíba, em São José dos Campos (SP), do Festival de Teatro Amador de Blumenau e do Festival de São Mateus do Sul.
O grupo desenvolveu pesquisa em torno do autor e das teses do existencialismo para dar vida ao insólito encontro de Garcin, Estela e Inês (além do criado que os serve) obrigados a conviver em uma mesma situação de confinamento. O espetáculo, que teve uma leitura dramática no auditório da Biblioteca Pública do Paraná em 1995, ainda percorreu os espaços Sesc da Esquina, Teatro Fernanda Montenegro, Palácio Avenida (Teatro Bamerindus), Mini-Guaíra e o Teatro da PUCPR (TUCA). Excursionou, também, para São José dos Pinhais (PR), São Mateus do Sul (PR), e integrou a IV Mostra de Teatro Universitário de Porto Alegre (RS). Em 1997, foi o único espetáculo representante da América Latina a participar do 1º Festival Internacional de Teatro Universitário da Lusíada, em Lisboa, Portugal.
Autoria: Jean Paul Sartre
Nesta montagem, o Tanahora teve a honra de receber, em primeira mão, uma tradução de “Otelo: o Mouro de Veneza” feita por Bárbara Heliodora. Outra distinção do espetáculo foi o advento de ter inaugurado o Teatro da PUCPR, conhecido como TUCA, motivo esse que levou a montagem a ter grande estrutura de cenário e consequentemente pouca circulação, participando apenas do Festival de Teatro de São Mateus do Sul (PR).
A montagem agridoce aborda a solidão feminina, o desamor, as esperanças despedaçadas e identidades em conflito de mulheres de meia-idade que compõem um grupo de musicistas, no pós 2ª Guerra Mundial. Integrou o Festival Nacional de Pindamonhangaba (SP) obtendo o prêmio de melhor espetáculo e melhor maquiagem para Maura Cristina, além de indicação de melhor ator para Luis Benkard e Alex Fleury. No Festival Nacional de Novo Hamburgo (RS) foi agraciado com o prêmio de melhor ator coadjuvante para Franklin Albuquerque. A montagem também foi convidada a se apresentar no teatro Dom Silverio, em Belo Horizonte (MG), em curta temporada.
Autoria: Jean Anouilh
O texto foi criado pela pesquisadora de teatro e literatura e professora da PUCPR, Marta Morais da Costa, a convite de Maria Lambros Comninos, que dessa vez participou mais ativamente no processo, conferindo apoio na tradução dos textos clássicos. O espetáculo, que teve Thadeu Peronne como assistente de direção, cumpriu longa temporada, de 11 de junho a 4 de julho de 1999 no TUCA, e participou dos Festivais de Teatro de Ponta Grossa (PR) e de Guarulhos (SP). Logo no início da temporada a atriz Luciane Pin impossibilitada de continuar com as apresentações foi substituída por Débora Sagantine.
Autoria: Marta Morais da Costa
Texto de Alcides Nogueira escrito em 1981 que, além de temporadas de sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo, ganhou transposição para a televisão e conquistou o prêmio Molière. No TANAHORA, o espetáculo contou com assistência de direção de Deyse Campos, cumpriu temporada no TUCA e conquistou o prêmio de Melhor Atriz para Juliana Erthal e Menção Honrosa- Prêmio Estímulo para o ator-mirim Julyhanno H. Miranda, no Festival Nacional de Presidente Prudente.
Autoria: Alcides Nogueira
O texto do escritor curitibano Wilson Sagae que desnudou o TUCA em 2002. Além da grande produção envolvida, parte significativa da arquitetura e bastidores do Teatro foram apropriados pelo grupo como cenário. A montagem também trouxe um outro desvelamento: tratou do universo jovem, comum a todo o elenco e, certamente, à maioria do público. Seja pela singularidade da montagem e pela especificidade do cenário, não foi possível inscrever o espetáculo em festivais ou realizar viagens para curtas temporadas em teatros de outras cidades.
Autoria: Wilson Hideki Sagae
A peça aborda de forma sarcástica o cotidiano da classe médica, com seus palavrórios, escritos e fórmulas ininteligíveis. Ao satirizar especificamente o conhecimento livresco, a ostentação de status social e a pretensão de onipotência do saber biomédico, Molière também demonstra, sagazmente, por meio do viés da comicidade, a parcialidade de qualquer conhecimento que se julgue totalizante. A montagem cumpriu duas temporadas no TUCA e também curtas temporadas nas cidades de Toledo, Londrina, Maringá e São José dos Pinhais.
Autoria: Jean Baptiste Poquelin Molière
Esta dramaturgia teve como base o livro “Histórias Brasileiras de Verão”, de Luís Fernando Veríssimo. O processo criativo da montagem privilegiou o trabalho de improvisação junto aos atores e, além de reverberar o humor característico do autor, transpareceu também o olhar de cronista de Veríssimo, na seleção e exploração de curiosos flagrantes do cotidiano de casais. Além da costumeira temporada no TUCA, o espetáculo cumpriu temporada com apresentações em Londrina e Toledo.
Autoria: Luis Fernando Veríssimo
O primeiro musical do TANAHORA com a direção de Laercio Ruffa. A montagem teve como base o universo do grupo de rock e ícone da contracultura: The Beatles. The sun is up foi um processo de criação coletiva que envolveu múltiplas habilidades do elenco, especialmente o canto, a dança e a interpretação, e novamente trouxe à tona uma reflexão sobre a condição da juventude no século XXI. O espetáculo estreou em 5 de setembro e permaneceu em temporada no Tuca até o final do mês. No ano seguinte cumpriu segunda temporada no mês de maio, durante o Festival de Teatro de Curitiba e viajou para os campi da PUCPR de Londrina e Maringá no mês de junho.
Autoria: Grupo de teatro Tanahora
Adaptação do conto “Campos Gerais”, do grande literato Guimarães Rosa, feita por Edson Bueno. Miguilim cumpriu a primeira temporada no TUCA em 2010. No ano seguinte, o espetáculo integrou a mostra Fringe do 20º Festival de Curitiba, com apresentações no TUCA. O espetáculo excursionou ainda para os campi de Londrina, Maringá e Toledo e teve participação no Festival Nacional de Teatro Amador de Ponta Grossa (FENATA) abrindo a semana de eventos. Nesta oportunidade, o trio mirim, Tiago Galan (Miguilim), David Faria (Dito) e Isabelly Lira (Chica) ganhou um prêmio especial de reconhecimento e efetividade pelo trabalho realizado no espetáculo.
Autoria: Edson Bueno (Guimarães Rosa)
Encenada em 2012 e 2013, a montagem que ganharia o prêmio Shell de melhor dramaturgia nacional no ano de 2018 com a companhia do autor, convida o leitor a colocar-se no lugar do ator, ambientando a trama na sala de ensaios. Homem ao Vento estreou em 4 de agosto de 2012 e cumpriu temporada no TUCA até 2 de setembro. Tal como ocorrido no espetáculo anterior, sua segunda temporada, no ano seguinte, ocorreu de forma integrada à mostra Fringe do Festival de Teatro de Curitiba, de 9 a 31 de março.
Autoria: Marcos Damasceno
O espetáculo se fundamenta no mistério que envolve o casal Ponza, cuja mulher nunca é vista pelos vizinhos. A peça aborda de forma bem humorada temas cotidianos e pitorescos, buscando que o público reflita sobre as ações do dia a dia, como a fofoca, a curiosidade, o cinismo, a hipocrisia e a vida medíocre. O espetáculo ficou em cartaz de 11 a 26 de outubro de 2014, no TUCA. No ano seguinte, como de costume, a segunda temporada do referido projeto integrou a Mostra Fringe do Festival de Teatro de Curitiba, no período de 14 de março a 5 de abril.
Autor: Luigi Pirandello
Uma colagem de trechos de peças do bardo inglês roteirizada e selecionada por Carlos Queiroz Telles (cuja tradução foi revista por Chico Nogueira). A montagem em andamento, por reestruturações administrativas na Universidade, correu o risco de não ser realizada, e acabou sendo convertida para o formato de Leitura Dramática, apresentada em quatro finais de semana, de 12 a 20 de novembro, no Teatro Laboratório Laercio Ruffa. Em 2017 O Poder Segundo Shakespeare ganhou os palcos adequadamente, ficando em cartaz por quatro semanas, de 5 a 26 de maio de 2017.
Autoria: Roteiro, seleção e tradução de Carlos Queiroz Telles, Madalena Nicol. Revisão e adaptação de Chico Nogueira. (mais…)
O texto de Nikolai Gógol, traduzido por Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri (com adaptações de Chico Nogueira). Escrito em 1836, no contexto da Rússia czarista. A primeira temporada do espetáculo ocorreu nos finais de semana de 15 de setembro a 28 de outubro de 2018. A peça foi adaptada para estrear no Prédio da Tribuna, onde até então funcionava o Museu Universitário, recém reformado. Em 2019, o referido espetáculo realizou a segunda temporada integrando a Mostra Fringe do Festival de Curitiba, durante os finais de semana de 14 de março a 7 de abril.
Autoria: Nikolai Gogol
Projeto audiovisual concebido em período de isolamento social ocasionado pela pandemia de COVID-19. A iniciativa teve por objetivo, além de mostrar a resistência da arte e do grupo em meio aos tempos difíceis de pandemia, marcar os 40 anos do TANAHORA, homenageando os alunos e profissionais que por ele passaram. As gravações fazem colagens de textos, poemas e canções.
Autoria: Colagem de textos, poemas e canções de Chico Nogueira.
O Auto da Compadecida é uma peça teatral escrita, em 1955, pelo paraibano Ariano Suassuna. Sua primeira encenação aconteceu, em 1956, na cidade de Recife (PE).
A ação se dá no sertão da Paraíba e junta elementos tradicionais da literatura de cordel, muita comédia e algumas notas do barroco católico do Brasil. Uma junção, na verdade, de cultura popular e tradição religiosa.